ONU: Guterres quer «nova abordagem» para prevenir conflitos

PorExpresso das Ilhas,10 jan 2017 20:04

O novo secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu hoje "uma nova abordagem" para prevenir as guerras, na primeira intervenção perante o Conselho de Segurança, depois de assumido o cargo no passado dia 01.

 

Guterres sucedeu ao sul-coreano Ban Ki-moon prometendo fazer evoluir a organização internacional e redobrar os esforços para resolver as crises mundiais.

A ONU deve prestar muita mais atenção à prevenção de conflitos e à mediação, disse Guterres, adiantando ter começado já a estimular reformas nesse sentido, a começar pelo processo de tomada de decisões na secretária-geral, com a criação de uma nova comissão executiva e uma assessora especial para assuntos políticos.

"Devemos reequilibrar o nosso foco sobre a paz e segurança. Durante décadas esteve dominado pela resposta ao conflito. Para o futuro, devemos fazer muito mais para prevenir a guerra e manter a paz", afirmou.

Para o secretário-geral, a prevenção de conflitos deve ser a prioridade máxima da ONU e pediu que 2017 seja um ano "para a paz".

"Perderam-se demasiadas oportunidades de prevenção porque os Estados-membros desconfiam dos motivos dos outros e por preocupações relacionadas com a soberania nacional", garantiu Guterres, que disse compreender estes receios devido ao desequilíbrio de poder no mundo e o "uso selectivo" feito no passado de certos princípios.

A prevenção de conflitos nunca pode ser usada para fins políticos, nem com "dois pesos e duas medidas", insistiu o diplomata português.

"Mas isso não significa que não existam regras. A acção preventiva é essencial para evitar atrocidades em massa ou violações graves dos direitos humanos", sublinhou.

Nesse sentido, Guterres pediu ao Conselho de Segurança para actuar aos primeiros sinais de alarme de um possível conflito e lembrou os enormes custos de ignorar estes sinais.

O discurso do secretário-geral da ONU abriu um debate, no qual estão previstas mais de 90 intervenções, incluindo as de vários chefes de diplomacia.

 

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Autoria:Expresso das Ilhas,10 jan 2017 20:04

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  10 jan 2017 20:04

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