"Podemos identificar rapidamente os mosquitos que estão infectadas com o vírus zika para que as autoridades de saúde pública possam tratar as áreas afectadas antes do vírus se espalhar para os seres humanos" explicou, em comunicado, a investigadora cientifica Maggy Sikulu-Lord, da Universidade de Queensland, Austrália.
Os cientistas Sikulu-Lord e Jill Fernandes descobriram que a tecnologia Espectroscopia no infravermelho próximo (NIRS) é mais eficiente na detecção do vírus, já que "envolve apenas a projecção de um raio de luz sobre os mosquitos de forma a determinar se estão infectados", lê-se no comunicado.
Até ao momento, a utilização da tecnologia NIRS tem demonstrado ser bastante eficaz na identificação de mosquitos infectados. Durante um estudo realizado em condições de laboratório no Brasil os resultados obtidos tiveram uma taxa de sucesso entre os 94% e os 99%.
Os investigadores estão agora a analisar o nível de precisão desta ferramenta em condições naturais, no Rio de Janeiro, na esperança que esta técnica possa ajudar a detectar outras doenças transmitidas por mosquitos, como a dengue ou a malária.
A infecção pelo vírus zika transmite-se aos humanos pela picada de um mosquito e tem sido associada a microcefalia (tamanho do cérebro e da cabeça mais pequeno) em fetos e recém-nascidos.
Um surto atingiu em 2015 vários países incluindo Cabo Verde.