"Concordámos quanto ao número de um milhão de barris que tinha sido proposto", disse o ministro Khaled al-Faleh. "Penso que isso vai contribuir de forma significativa para responder à procura adicional que prevemos para o segundo semestre", adiantou.
Este aumento de um milhão de barris por dia, que vai abranger a OPEP e 10 outros parceiros, incluindo a Rússia, não ficou, no entanto, mencionado no texto da organização, que tem uma reunião com os restantes parceiros no sábado.
A OPEP pede a partir de agora aos seus membros para considerarem os volumes de produção globais em vez de fixarem objectivos por país, abrindo caminho à realocação de quotas de um país para outro.
A redução na produção acordada no fim de 2016 pela OPEP e por outros países, num total de 24 produtores de petróleo que representam mais de 50% da oferta mundial, contribuiu para uma subida dos preços.
A Arábia Saudita, primeiro exportador mundial, e a Rússia propuseram agora aumentar as extracções num contexto de recuperação da procura.
O Irão tinha anteriormente manifestado a sua oposição a uma subida da produção, receando perder receitas, numa altura em que a sua capacidade de exportar está penalizada pelas sanções norte-americanas, após Washington se ter retirado em maio do acordo sobre o nuclear firmado com Teerão.
Segundo a OPEP, os produtores que tenham meios para aumentar a produção devem acelerar as extracções para compensar os eventuais défices de outros países.
Com alguns analistas presentes em Viena a manifestarem surpresa por não verem os números relativos ao aumento da produção no comunicado final, os preços do petróleo subiam nos mercados quando foi anunciada a decisão.
O barril de Brent (de referência na Europa) subia 2,84% para 75,13 dólares e o WTI (de referência no mercado norte-americano) avançava 3,23% para 67,66 dólares.