A informação foi avançada pelo secretário de Estado para a Economia, Sérgio Santos, à margem da abertura do I Congresso da Produção Nacional, organizado pela Confederação Empresarial de Angola, que hoje arrancou em Luanda.
O Programa Angola Investe criado pelo Estado angolano para o apoio e financiamento de projectos de investimento às micro, pequenas e médias empresas, é operado por bancos comerciais nacionais e coordenado pelo Ministério da Economia e Planeamento, em parceria com o Fundo de Garantia de Crédito.
Sérgio Santos classificou como satisfatórios os resultados do referido programa, que conta com um acompanhamento trimestral do Governo.
"Temos dados satisfatórios que o Programa Angola Investe foi um sucesso, mas estamos a reforçar o programa, porque as condições alteraram-se, a banca não tem tanto dinheiro para emprestar, o Estado também está com dificuldades, mas temos à mesma que atingir números muito maiores do que estes, durante o quinquénio 18/22", referiu o governante angolano.
Segundo o secretário de Estado para a Economia, o programa deverá ser reforçado no sentido de atender à necessidade que Angola tem de crescer, pelo menos a um ritmo, no sector não petrolífero, de 5,1% em média por ano.
Os financiamentos concedidos no âmbito do programa apresentam as vantagens de possibilidade de acesso ao mecanismo de bonificação da taxa de juro, um período de carência de seis meses e de graça de três meses, acesso ao Fundo de Garantia de Crédito, capacitação e expansão produtiva e aumento dos activos fixos da empresa.
Os beneficiários, empresários de micro, pequenas e médias empresas, constituídas ao abrigo do direito angolano, com capital nacional igual ou superior a 75%, têm como prazo de reembolso cinco anos.
Para as microempresas o crédito concedido vai até, ao equivalente em kwanzas, a 200 mil dólares, para as pequenas empresas 1,5 milhão de dólares e para as médias empresas cinco milhões de dólares, sendo prioritário no acesso ao empréstimo os projectos nos sectores da agricultura, pecuária e pescas, materiais de construção, indústria transformadora, geologia e minas e serviços de apoio ao sector produtivo.