Segundo disse à agência AP o general Ghulam Sanayee Stanekzai, chefe da polícia da província de Nangarhar, cinco outras pessoas ficaram feridas no ataque.
O porta-voz do governador da província, Ataullah Khogyani, confirmou à agência AFP que 19 morreram, precisando que "dez sikhs foram mortos". Já o director dos serviços de saúde da província aumentou o número de feridos para 20.
De acordo com a agência Efe, que acrescenta ao resultado do ataque várias viaturas queimadas, o atacante imolou-se no centro da cidade.
A AFP indica que o ataque aconteceu junto a um mercado, situado num dos grandes cruzamentos de Jalalabad e não longe do palácio do governador.
A AP adianta que o grupo de sikhs e hindus se dirigia para o palácio, onde planeava encontrar-se com o Presidente afegão, Ashraf Ghani, que hoje está de visita oficial de dois dias à região de Nangarhar, que faz fronteira com o Paquistão e é reclamada como um bastião do Estado Islâmico.
Durante a visita, o chefe de Estado afegão reiterou a oferta de dialogar com os talibãs "onde quiserem", segundo noticiou a televisão afegã Tolo News.
O ataque ainda não foi reivindicado, mas os talibãs e o autoproclamado Estado Islâmico estão activos na região. De maioria pashtun, Nangarhar serviu de refúgio ao ex-líder da Al-Qaida Osama bin Laden.
A pequena minoria sikh e hindu é discriminada e ostracizada há décadas no Afeganistão, onde conta com 20 mil membros, isto apesar de a Constituição lhes garantir um representante no parlamento. Esta não é a primeira vez que a comunidade é alvo de ataques, nomeadamente por parte de extremistas islâmicos.