O país do sul da Ásia, com 160 milhões de habitantes, está a lutar para conter um afluxo de drogas, em particular de comprimidos de metanfetamina, denominados "yaba", do vizinho Sudeste Asiático.
"Isto não tem precedentes no Bangladesh. Tantas pessoas mortas em tão pouco tempo", disse a directora executiva da ONG do Bangladesh Ain o Salish Kendra, Sheepa Hafiza, em declarações à Agência France-Presse (AFP).
Sheepa Hafiza acrescentou que é "extremamente lamentável", e que condena "essas execuções extrajudiciais" pedindo ainda "investigações justas para cada um dos mortos".
As autoridades alegam que os supostos traficantes mortos estão envolvidos em pelo menos 10 crimes relacionados a narcóticos.
Grandes quantidades e um aumento acentuado dos comprimidos de "yaba" foram contrabandeados para o Bangladesh a partir da Birmânia, um grande produtor desta droga sintética.
Em Daca, capital do Bangladesh, foi apreendido um recorde de 40 milhões de comprimidos no ano passado e estima-se que cerca de 250 a 300 milhões de comprimidos entraram no território.