A radiotelevisão iraniana IRIB indicou, por seu turno, que o novo míssil "passou bem nos testes" e que é capaz de atingir alvos terrestres e marítimos.
"Como tínhamos prometido ao nosso querido povo, não pouparemos qualquer esforço para reforçar as capacidades dos mísseis balísticos do país", declarou o general Hatami.
"Reforçaremos todos os dias a nossa potência balística", adiantou.
O governante disse que "nada pode deter" aquele míssil "devido ao seu alto nível de flexibilidade", referindo que a nova versão do Fateh Mobin é "fabricada 100% no país (...) ágil, furtiva, táctica e com guia de precisão".
"Podem estar seguros de que as pressões e a guerra psicológica contra a grande nação do Irão só farão reforçar a nossa vontade de melhorar as nossas capacidades defensivas em todos os domínios", disse ainda.
O alcance do míssil não foi precisado, mas as suas anteriores versões tinham um alcance de 200 a 300 quilómetros, segundo o centro de estudos estratégicos e internacionais com sede nos Estados Unidos.
Responsáveis norte-americanos indicaram a semana passada na televisão Fox News que um "míssil Fateh-110" tinha sido testado pelo Irão nos recentes exercícios navais no estreito de Ormuz.
"É claro que eles tentam utilizar este exercício para nos enviar uma mensagem", declarou à imprensa o general Joseph Votel, comandante das forças norte-americanas no Médio Oriente.
O regime iraniano queria mostrar que tem "capacidades" militares naquele estreito estratégico, que controla o Golfo Pérsico e por onde passa cerca de 30% do petróleo mundial que circula por via marítima, adiantou o general Votel.
O programa balístico do Irão é uma questão difícil na relação com as grandes potências, sobretudo os Estados Unidos, mas Teerão considera-o crucial para as suas capacidades defensivas numa região instável.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, que em maio retirou unilateralmente o país do acordo nuclear assinado em 2015 entre o Irão e as grandes potências, apelou a um novo acordo que limitaria as capacidades balísticas de Teerão e as suas intervenções regionais.