“Sinto que estaria muito bem qualificada para esse trabalho, depois de ter estado oito anos no Senado e chefiado o Departamento de Estado”, realçou a que foi a candidata presidencial dos democratas nas eleições de 2016.
Em particular, apontou que a melhoria da imagem e das relações internacionais dos EUA “vai ser um esforço sério”, referindo-se à erosão das ligações com alguns dos mais importantes aliados norte-americanos desde a chegada de Donald Trump à Casa Branca. Durante o início da entrevista, a ex-primeira-dama mostrou-se reticente em disputar umas futuras eleições presidenciais, respondendo com duas negativas claras à jornalista que a entrevistava, mas pouco depois esclareceu a sua posição.
Detalhou que só vai pensar seriamente na possibilidade de voltar a concorrer à Casa Branca depois das eleições legislativas que se realizam no próximo mês de Novembro. “Nem sequer vou começar a pensar nisso até que passemos as eleições de 06 de Novembro”, garantiu.
Hillary Clinton começou a participar em mais eventos públicos numa altura em que os EUA se encaminham para umas importantes eleições legislativas, nas quais os democratas têm a esperança de obterem a maioria na Câmara dos Representantes e no Senado.
Na semana passada, falou durante um evento de recolha de fundos a favor da candidata democrata ao Congresso Donna Shalala, presença que, apontou agora o New York Times, foi criticada por alguns membros do Partido Democrata, alegando que não é uma figura popular e que se deveria retirar da vida pública.
A ex-secretária de Estado, cargo que desempenhou durante quatros anos na Presidência de Barack Obama, recusou estas críticas na entrevista, classificando-as de sexistas, comparando-as com as feitas a outros antigos candidatos presidenciais.
“Não vi qualquer tipo de artigo a dizer a Al Gore que desaparecesse, ou a John Kerry que desaparecesse, ou a John McCain ou a Mitt Romney que desaparecessem”, afirmou.