Dois trabalhadores humanitários e um funcionário de equipes de resgate perderam a vida esta quarta-feira, após a ambulância onde seguiam ter sido totalmente destruída na região do sul de Idlib. As vítimas eram o paramédico e o motorista.
O vice-coordenador do escritório, Mark Cutts, revelou que mais de 500 mortes de civis já foram documentadas pelas Nações Unidas nos últimos três meses e meio. A maioria das vítimas morreu em operações do “governo sírio e aliados”.
Para o representante, o recente ataque aéreo em Ma'arat Humeh destaca novamente “o horror em Idlib e no norte de Hama”. Nessa área, vivem “3 milhões de civis que continuam isolados e funcionários humanitários, equipas médicas e de resgate que continuam a pagar com as suas vidas os esforços para ajudar os outros”.
Para Cutts, esses trabalhadores “arriscam a sua vida para ajudar os civis presos nessa área, incluindo mulheres e crianças, doentes, idosos e pessoas com deficiências.”
As actividades realizadas na área incluem escavações em busca de pessoas debaixo dos escombros, transporte de civis feridos aos hospitais, fornecimento de serviços médicos e ajuda durante a fuga da área.
No local, aumenta a falta de segurança para todos “aqueles que estão a arriscar tudo para ajudar as pessoas mais vulneráveis do mundo, que estão a ser atacadas”.
Pelo menos 42 ataques foram relatados desde o final de Abril, afectando 36 unidades de saúde e sete ambulâncias. Destes, 11 ocorreram em Hama, 28 em Idlib e três em Alepo. No total, pelo menos 17 trabalhadores do sector e pacientes foram mortos.
O coordenador regional “condena nos termos mais fortes” estes ataques e pediu a todas as partes envolvidas no conflito a que respeitem e protejam o pessoal médico e humanitário, os seus meios de transporte, equipamentos e propriedades.
Os alvos protegidos incluem hospitais e outras instalações médicas, tal como prevê o Direito Internacional Humanitário e a resolução 2286 do Conselho de Segurança.