Em 28,6 milhões de votos contados, Raïssi obteve "mais de 17.800.000" votos, declarou o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Jamal Orf, durante uma entrevista coletiva em Teerão, em que não deu uma estimativa da participação.
O eleitorado deste ano, no Irão, tem mais de 59,3 milhões de iranianos, com 18 ou mais anos.
O general Mohsen Rezaï, ex-comandante-chefe da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, ficou em segundo lugar, com mais de 11,5% dos votos, à frente do ex-presidente do Banco Central Abdolnasser Hemmati (8,3%) e deputado Amirhossein Ghazizadeh-Hachémi (3,4%), segundo os números parciais fornecidos por Jamal Orf.
De acordo com essa contagem, terá havido mais de 14% de votos em branco ou nulos.
As mesas de voto abriram na sexta-feira no Irão para as eleições para escolher o novo Presidente do país nos próximos quatro anos.
Mais de 59 milhões de iranianos foram chamados às urnas, para escolher entre os quatro candidatos à presidência - três conservadores e um moderado -, assumindo-se como favorito o clérigo ultraconservador e atual chefe do poder judicial, Ebrahim Raisi.
Os rivais são Abdolnaser Hematí, antigo governador do Banco Central do Irão e o único moderado; Mohsen Rezaí, atual secretário do Conselho de Discernimento do Interesse Superior do Regime e antigo comandante da Guarda Revolucionária; e o primeiro vice-presidente conservador do parlamento, Amirhosein Qazizadeh Hashemí.
Como já cumpriu dois mandatos consecutivos, o atual presidente iraniano, Hasan Rohani, em funções desde 2013, não pode concorrer às eleições presidenciais, realizadas em simultâneo com as municipais e parciais de alguns membros do parlamento e da Assembleia de Peritos.