As autoridades da área administrativa de Abyei disseram que os atacantes eram membros de uma comunidade que vivia no condado de Twic, Warrap, que invadiram a aldeia de Mading-Acueng e mataram 18 pessoas, incluindo uma criança.
O ministro da Informação de Abyei, Ajand Deng Miyen salientou à Rádio Tamazuj que o ataque levou a confrontos que se espalharam pelas aldeias vizinhas de Malou e Athony.
O ataque foi confirmado pelo chefe local de Abyei, Bulabek Deng Kuol, que acusou as Forças Armadas do Sudão do Sul de apoiarem as ações dos atacantes Twic. "Os atacantes estavam a usar uniformes das Forças de Defesa do Sudão do Sul", disse.
Malek Ring, um alto funcionário do condado de Twic, confirmou o incidente e culpou os "criminosos". "Os feridos estão agora num centro de saúde em Mayen Abun", indicou.
O estatuto da Abyei foi suspenso quando o Sudão do Sul declarou a independência, em 2011, e continua a ser um importante foco de conflito entre os dois países devido à sua importância geoestratégica e às suas reservas energéticas.
A região está sob a administração da Força de Segurança Interina das Nações Unidas para Abyei (Unisfa), até que a disputa seja resolvida.
Em princípio, o futuro da região deveria ter sido decidido por um referendo estipulado nos históricos acordos de paz de 2005 que levaram à independência do Sudão do Sul, mas os Dgok Dinka tornaram o plebiscito impossível ao rejeitarem liminarmente a participação da etnia nómada Miseriya no referendo.