No final de duas semanas de reuniões, os negociadores concluíram ser necessário mais tempo para tentar chegar a um acordo, afirmou a presidente da conferência intergovernamental, Rena Lee.
Lee salientou as negociações estão "mais perto do que nunca do objectivo", na sequência dos progressos realizados nos últimos dias.
As delegações planeiam retomar as conversações numa data ainda por determinar para tentar concluir um tratado que tem sido informalmente discutido há décadas e formalmente discutido desde 2018.
"Embora seja decepcionante que o tratado não tenha sido finalizado durante as últimas duas semanas de negociações, sentimo-nos encorajados pelos progressos alcançados. Instamos os delegados a manter o ímpeto e completar o tratado quando a conferência for retomada no final deste ano", disse a directora da campanha dos oceanos da organização não-governamental Pew Charitable Trusts, Liz Karan, em declaração.
O tratado que os países de todo o mundo visam adoptar procura assegurar a conservação e a utilização sustentável da diversidade biológica marinha em áreas fora de jurisdição nacional.
Estas áreas cobrem águas a mais de 200 milhas náuticas da costa e são actualmente reguladas por diferentes acordos e organismos, sem um quadro geral claro.
O alto mar, como estas águas internacionais são geralmente conhecidas, representa dois terços da superfície total dos oceanos que, de acordo com grupos ambientalistas, se encontram actualmente sob grandes ameaças como poluição, alterações climáticas e novas tecnologias que abrem as portas à exploração mineira em alto mar e à pesca mais intensiva.
A quinta e última ronda de negociações foi suspensa na sexta-feira, em Nova Iorque, quando se percebeu que não havia espaço para acordo.