UE admite sanções ao Irão por dar drones à Rússia para usar na Ucrânia

PorExpresso das Ilhas, Lusa,19 out 2022 13:58

A União Europeia (UE) disse hoje que reuniu "provas" suficientes de que os 'drones' utilizados pela Rússia na Ucrânia foram fornecidos pelo Irão, admitindo sanções contra Teerão.

"Agora que reunimos provas suficientes, estamos a trabalhar numa resposta europeia clara, rápida e firme", disse Nabila Massrali, porta-voz do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Uma lista de sanções foi submetida aos Estados membros e é esperada uma decisão "durante a semana", referiu uma fonte diplomática citada pela AFP.

"Um amplo consenso político surgiu (...) sobre o facto de que a UE deve reagir rapidamente", explicou Nabila Massrali.

A Força Aérea ucraniana afirmou hoje que já destruiu 223 'drones' iranianos desde meados de setembro.

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba - que na segunda-feira foi forçado a refugiar-se num abrigo devido aos bombardeamentos com 'drones' (aeronaves não tripuladas) contra Kiev -, já pediu ao seu homólogo europeu que sancione o Irão.

Os europeus sancionaram na segunda-feira onze altos responsáveis iranianos, incluindo o chefe da polícia da moralidade, envolvidos na repressão aos protestos desencadeados pela morte da jovem Mahsa Amini.

A jovem Mahsa Amini, de 22 anos, morreu no hospital em 16 setembro, depois de ser detida dias antes pela polícia da moralidade por não utilizar corretamente o véu islâmico.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,19 out 2022 13:58

Editado porAndre Amaral  em  19 out 2022 15:05

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