O número representa um aumento de 31.000 pessoas naturalizadas (19%) relativamente a 2022, ano em que já se tinha registado um crescimento anual de 37.000 naturalizações (28%).
Segundo os dados do Destatis, citados pela agência espanhola EFE, pessoas de 157 nacionalidades diferentes solicitaram a naturalização em 2023, das quais mais de um terço (38%) eram cidadãos sírios.
As nacionalidades síria, turca, iraquiana, romena e afegã, as cinco mais representadas, representaram, em conjunto, mais de metade (56%) das naturalizações.
A idade média dos naturalizados foi de 29,3 anos, significativamente inferior aos 44,6 anos da população total, e a proporção de mulheres, 45%, foi também inferior aos 50% da população total.
O elevado número de naturalizações de sírios está relacionado com a chegada de refugiados entre 2014 e 2016, devido à guerra civil na Síria iniciada 2011.
Esses refugiados vão cumprindo os requisitos para a naturalização também no que diz respeito às competências linguísticas e ao período mínimo de residência.
Os cônjuges e os filhos menores podem naturalizar-se sem um período mínimo de residência, como aconteceu em 2023 com cerca de 28 000 cidadãos sírios, mais 37% do que no ano anterior.
No caso da Ucrânia, outro país em guerra, o número de naturalizações atingiu 5.900, mais 300 d0 que em 2022, ano que a Rússia invadiu o país.
A invasão levou a que o número de ucranianos naturalizados alemães tivesse quase triplicado de 2021 para 2022, quando atingiu 5.600.
A Alemanha tinha mais de 83,2 milhões de habitantes em 2023.