"Alain Fabien, Anouchka, Anthony, assim como (o seu cão) Loubo, têm a imensa tristeza de anunciar a partida do seu pai. Faleceu pacificamente na sua casa em Douchy, rodeado pelos seus três filhos e pela sua família. (...) A família pede gentilmente que respeitem a sua privacidade neste momento de luto extremamente doloroso", informa a família do ator em comunicado citado pela AFP.
Alain Delon estava com a saúde debilitada desde que sofrera um duplo AVC em 2019. Na altura afirmou: “Envelhecer é uma merda!”.
Em entrevistas em 2022, comunicou a vontade de avançar para a eutanásia, legal na Suíça, onde vivia. Considerava “a coisa mais lógica e natural a fazer”. Disse então: “A partir de uma certa idade, uma pessoa tem o direito de sair tranquilamente, sem passar por hospitais, injeções e o resto…”.
Nos últimos tempos, raramente saía da sua propriedade em Douchy, na região francesa de Val de Loire.
Delon protagonizou alguns dos melhores filmes europeus dos anos 60 e 70, como “Rocco e os Seus Irmãos” (1960) e “O Leopardo” (1963) de Luchino Visconti, “Purple Noon” (1960) de René Clément, “Mr. Klein — Um Homem na Sombra” de Joseph Losey, “O Eclipse” (1962) de Michelangelo Antonioni, ou “O Círculo Vermelho” (1970) de Jean-Pierre Melville.