De acordo com os estatutos do galardão, a identidade dos nomeados permanece secreta durante 50 anos, mas os milhares de patrocinadores (deputados e ministros de todos os países, antigos laureados, certos professores universitários) são livres de revelar a identidade do seu candidato.
O número de registos em 2025 mostra um aumento significativo em relação às 286 nomeações do ano passado, mas ainda abaixo do recorde de 376 inscrições registado em 2016.
Na segunda-feira, o congressista republicano norte-americano Darrell Issa anunciou na rede social X (antigo Twitter) que iria nomear o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o prémio, considerando que "ninguém o merece mais".
A equipa de Issa afirmou mais tarde à imprensa local que a nomeação foi motivada pelos esforços de paz de Trump no Médio Oriente.
O prazo limite para a apresentação era 31 de Janeiro, mas os membros do Comité Nobel norueguês podem acrescentar nomes à lista na sua primeira reunião, que, segundo o instituto, decorreu no passado dia 28.
De acordo com a imprensa ucraniana, o deputado ucraniano Oleksandr Merezhko, do partido Servo do Povo do Presidente Zelenskt, também nomeou Trump no final de novembro, numa tentativa de atrair a atenção do então presidente eleito para a Casa Branca.
Trump tem sido mencionado no passado, mas o seu nome está envolto em controvérsia ao decidir manter conversações com Moscovo sobre o conflito com a Ucrânia, que completou três anos, e abalou os aliados europeus com as mudanças ao nível da política externa.
Em janeiro, milhares de pessoas assinaram uma petição para que Gisèle Pelicot fosse galardoada com o Prémio Nobel da Paz.
A mulher francesa tornou-se um ícone feminista durante o julgamento das repetidas violações perpetrados pelo seu ex-marido, o que atraiu a atenção mundial.
Em 2024, o Prémio Nobel da Paz foi atribuído à organização japonesa de sobreviventes da bomba atómica, Nihon Hidankyo, "pelos seus esforços para promover um mundo livre de armas nucleares e por demonstrar, através de testemunhos, que as armas nucleares nunca mais devem ser utilizadas".