Tratou-se de uma missão de fiscalização numa unidade industrial conjunta de baterias do Grupo Hyundai Motor e da LG Energy Solution, localizada no estado norte-americano da Geórgia (sudeste).
A rusga decorreu na quinta-feira e resultou na detenção de aproximadamente 450 pessoas, incluindo mais de 30 funcionários sul-coreanos temporariamente deslocados nos Estados Unidos e devidamente autorizados.
De acordo com um funcionário consular da Coreia do Sul na Geórgia, citado pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, os cidadãos sul-coreanos foram detidos por realizarem trabalhos considerados incompatíveis de acordo com o estatuto dos serviços de imigração norte-americanos.
Entretanto, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Seul, Lee Jae-woong, disse que as atividades económicas das empresas de investimento sul-coreanas assim como os direitos dos cidadãos da Coreia do Sul não podem ser "injustamente afetados".
"Transmitimos hoje a nossa preocupação através da embaixada dos Estados Unidos em Seul", acrescentou.
Lee Jae-woong explicou ainda que foram enviados funcionários consulares sul-coreanos para o local e formada uma "equipa de resposta", sem avançar mais pormenores.
O estaleiro da fábrica de baterias onde decorreu a operação faz parte do complexo Hyundai Motor Group Metaplant America (HMGMA), inaugurado em março e destinado à produção de veículos e componentes elétricos.
A unidade industrial é resultado de uma operação conjunta entre as empresas dos dois países.
Agentes de vários departamentos federais norte-americanos, incluindo o FBI, a DEA (Drug Enforcement Administration) e a US Marshals, participaram na operação.
A participação dos organismos policiais norte-americanos foi confirmada por Steven Schrank, chefe do Gabinete de Investigação de Imigração, em conferência de imprensa.
A Yonhap referiu que imagens captadas por telemóveis mostram trabalhadores a usar coletes de segurança em fila enquanto recebiam ordens de um agente norte-americano para suspenderem as atividades laborais.