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O Bispo da Diocese de Santiago considera que a actual crise económica que afecta o mundo e que já começa a ter reflexos em Cabo Verde resulta da falta de ética no mundo das finanças. D. Arlindo Furtado, que considera que a igreja é "um factor de esperança", garante que esta vai continuar a promover a solidariedade, apoiando os mais carenciados e fazendo apelos ao espírito de entreajuda.
D. Arlindo Furtado falava à saída de uma reunião com o primeiro-ministro, enquadrado nos contactos que José Maria Neves está a fazer com diversas entidades, com vista a recolher subsídios e consensos para enfrentar a crise internacional.
De acordo com o responsável máximo da igreja Católica na ilha de Santiago, a entidade vê a crise como "o resultado da falta de ética no mundo das finanças, sobretudo pela especulação", e pela falta de respeito aos princípios da justiça e da solidariedade.
Sobre o encontro com o primeiro-ministro, o Bispo referiu que transmitiu ao governante uma mensagem de "encorajamento e de desejo de que, com a sabedoria e participação de todos, se encontrem as melhores soluções para a população e para o país".
Ainda de acordo com D. Arlindo, a igreja tem acompanhado a evolução da crise "com muito interesse", para compreender as dificuldades e definir estratégias para "prevenir situações mais difíceis e superar as dificuldades actualmente existentes".
Neste contexto, e considerando que "a igreja é uma promotora da esperança e da solidariedade", o Bispo garante que esta vai continuar a apoiar a população, "não só através da Cáritas, mas também ao nível da vizinhança em pequenas comunidades, fazendo um apelo à entreajuda".
De referir que, no final da manhã, José Maria Neves vai receber o Pastor da igreja Nazarena, Adérito Ferreira.
