Delegado de Saúde da Praia descarta suspeita do vírus do ébola no passageiro vindo de Marrocos

O Delegado de Saúde da Praia, Domingos Teixeira, descartou este domingo a possibilidade de um passageiro que seguia no avião da Air Marrocos com destino a Guiné Bissau e que fez escala na Praia, de estar com o vírus do ébola.

Domingos Teixeira disse a Inforpress que a informação foi dada pelo comandante do voo da Air Marrocos que alertou as autoridades da ASA, que tinham a bordo um passageiro com sintomas do vírus do ébola.

Segundo o responsável, o voo vinha de Marrocos com destino a Guiné Bissau e com escala no Aeroporto Internacional Nelson Mandela, na Cidade da Praia, onde, de seguida, as autoridades de saúde, entraram em acção, confirmando posteriormente que se tratava de um caso do ébola.

O Delegado de Saúde disse que a senhora tinha febre, mas que depois de examinada pelas autoridades da saúde nacional, se descartou de imediato a suspeita do vírus do ébola.

“Para descartar essa hipótese, nós baseamos em aspectos, como a origem do voo, a estadia dessa pessoa no último mês, que não esteve em nenhum país afectado pelo vírus”, acrescentou.

Apesar de a hipótese do ébola ter sido descartada, Domingos Teixeira adiantou que a Polícia, nas fronteiras, vai continuar a trabalhar em parceria com os agentes da Delegacia de Saúde, fazendo despistagem em todos os voos provenientes da África.

Com o alerta a nível nacional e internacional, o Delegado de Saúde afirmou que, a partir de agora, vão surgir sempre suspeitas, tendo em conta que Cabo Verde tem ligações áreas e marítimas com a África Ocidental, e a doença não apresenta um quadro típico nem específico.

De acordo com os últimos dados oficiais divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), após sete meses, o surto de febre hemorrágica infectou 1.711 pessoas e causou morte a 339 na Guiné Conacri, 233 na Serra Leoa, 156 na Libéria e um na Nigéria.

A OMS anunciou um apoio financeiro de 75 milhões de euros para ajudar os países afectados, tendo a China anunciado hoje o envio de três equipas de especialistas para a Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa para ajudar a combater o vírus do ébola.