A Embaixada de Portugal (EP) publicou ontem na sua página do Facebook a sua preocupação em relação à edificação no terreno contíguo ao da sua residência no bairro da Prainha. Embaixada garante que tenta, desde 1978, comprar o terreno agora cedido ao ex-embaixador da UE.
“Estas preocupações derivam do facto de serem devidas a toda e qualquer embaixada, tal como previsto na Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, garantias de segurança e de inviolabilidade e privacidade das instalações diplomáticas”, lê-se no post da EP.
A embaixada lusa deixou saber que os argumentos apresentados foram os mesmos do que quando esteve anteriormente prevista uma outra construção no mesmo terreno.
“Não houve assim qualquer alteração de circunstâncias: os mesmos argumentos foram invocados no passado e no presente, numa linha de coerência de atuação por parte desta embaixada”, escreve.
“A EP voltou agora a manifestar reiterada e sucessivamente à Câmara Municipal da Praia (CMP) as suas preocupações quanto à edificação no terreno contíguo ao da sua residência”, publicou.
Segundo a publicação da EP, assim como aconteceu na primeira tentativa de se construir nesse terreno, não foi solicitado qualquer embargo à obra.
“O que a embaixada solicitou à CMP foi o acesso a toda a documentação relevante no âmbito do processo de alienação do terreno em questão, bem como o acesso aos projetos detalhados de arquitetura /engenharia do edifício em causa”, divulgou a EP.
O objectivo desta solicitação, segundo explica a EP, é comprovar as garantias de segurança e de inviolabilidade e privacidade das instalações diplomáticas, devidas a qualquer Embaixada.
A EP finaliza afirmando que desde 1978 que manifestou o seu interesse na compra deste terreno.