Manuais ficam. Erros corrigidos com erratas e autocolantes. Ninguém sai.

PorExpresso das Ilhas,3 out 2017 15:21

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A ministra da Educação reafirmou hoje que os manuais escolares com erros não vão ser retirados, adiantando que os livros continuarão a ser corrigidos através de erratas ou com recurso a autocolantes. Maritza Rosabal descarta responsabilização dos envolvidos.

 

As declarações da ministra surgem na sequência da detecção de vários erros nos novos manuais, nomeadamente de matemática do 1º ciclo, o que está a gerar indignação dos pais, que exigem a responsabilização do Governo.

"Os materiais ficam até ao próximo ano", diz.

Segundo a Lusa, a governante explicou que durante este período, serão recolhidos os contributos e introduzidas as mudanças necessárias para fazer as impressões definitivas entre Março e Setembro do próximo ano.

"O número de erros detectados neste manual é muito menor do que o número de erros detectados em outros manuais, com a diferença de este ser um material experimental e com o objectivo de recolher contributos para ser melhorado", acrescenta

Maritza Rosabal falava hoje, na cidade da Praia, à margem da abertura do ano lectivo da Universidade de Cabo Verde.

A ministra assegura que mantém a confiança em toda a equipa responsável pelos manuais, adiantando que a correcção dos erros continuará a ser feita através de erratas, com recurso às novas tecnologias e a soluções como "kits com autocolantes".

"Estamos a trabalhar para melhorar os manuais anteriores e vamos trabalhar para melhorar estes", adianta.

A ministra sublinha também a qualidade da abordagem pedagógica dos novos manuais, que permitem, nomeadamente o trabalho com crianças com necessidades educativas especiais.

Maritza Rosabal descarta ainda a responsabilização dos envolvidos na impressão dos manuais com erros.

"Se fossemos responsabilizar por todos os erros nos manuais que estão em vigor teríamos que fazer uma grande sessão de responsabilização. Responsabilizamos quando os erros são propositais, quando são erros de edição, não", afirma.

A ministra explica ainda que não existe há muitos anos coordenação editorial no ministério e que, quando em Junho foi lançado um concurso, não apareceu ninguém com perfil e competências para preencher o lugar.

"Estamos a trabalhar com a Universidade de Cabo Verde, que tem um grupo de edição, para nos apoiar, mas o que também temos que fazer é recrutar pessoas que, mesmo que não tenham experiência na área, possamos mandar formar nas grandes editoras. Precisamos dessas competências em Cabo Verde", defende.

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Autoria:Expresso das Ilhas,3 out 2017 15:21

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  4 out 2017 10:04

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