Donald Heflin, que falava como convidado da VI Semana do Curso de Licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais (CPRI) da Universidade do Mindelo (Uni-Mindelo), que se iniciou ontem, em São Vicente, definiu diferentes épocas na história das ligações entre Cabo Verde e EUA, passando pelo período colonial, até à execução dos compactos do MCA.
“No primeiro momento, não poderíamos ter prosperidade, Cabo Verde era um pouco parte de Portugal, a segunda época foi de apoio, ajuda financeira massiva”, lançou o diplomata, que admitiu que agora Cabo Verde posiciona-se de forma diferente na economia mundial.
“Torna-se uma economia competitiva e vamos trabalhar como parceiros, especialmente na área de segurança, e para transformar a economia do passado em economia de futuro”, enfatizou Heflin.
Com o olhar em horizontes vindouros, o embaixador afirmou que neste momento o assunto “não é somente de dinheiro para ajudas”, mas sim de investimentos e de negócios, “ tanto lá como cá”.
Tudo isso, a seu ver, baseado na posição estratégica que o arquipélago tem entre África, Brasil, Europa e os EUA, a integração do país na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e União Africana (UA), e a relação especial com a Europa.
Na mesma senda, Donald Heflin apontou ainda a Lei de Crescimento e Oportunidade para África (AGOA), que facilita as exportações para EUA e que beneficia os cabo-verdianos há cerca de 15 anos.
“Há muitas oportunidades para Cabo Verde no futuro”, assegurou.
“Temos uma relação entre os povos muito profunda que vai continuar”, reiterou.