As considerações são da bastonária, Maria da Luz Leite, convidada pela Inforpress para falar sobre a situação dos farmacêuticos no país, no âmbito da preparação do XIII Congresso Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa, que decorrerá na Cidade da Praia, de 03 a 05 de Outubro.
“O desafio da Ordem, neste momento, é fazer a formação continua dentro do trabalho, por forma a criar condições para que o farmacêutico desempenhe as suas funções, isso visando a sua maior integração no sistema nacional de saúde, em equipas multidisciplinares”, disse.
A classe não quer ver os farmacêuticos apenas a trabalhar nas farmácias privadas, mas também em outros sectores. Conforme Maria da Luz Leite, dos 96 farmacêuticos inscritos na Ordem, 50 trabalham no sector privado. O sector público, realçou a bastonária, tem absorvido poucos profissionais da área, razão porque ainda, não existe uma carreira.
Em 2017, Cabo Verde foi eleito para a presidência da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa (AFPLP). A anteceder o congresso, no dia 03 Outubro, está prevista a realização de workshops de diferentes áreas sectoriais (Farmácia Comunitária, Hospitalar e Análises Clínicas) e a 18ª Assembleia Geral da Associação de Farmacêuticos dos Países de Língua Portuguesa.
O congresso terá lugar no dia 04 de Outubro, sob o tema “O farmacêutico nos sistemas de saúde” e será presidido pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.
“O farmacêutico nos sistemas de saúde”, “Os desafios na intercolaboração médico-farmacêutico”, “Os desafios do combate à resistência antimicrobiana” e “Inovar nos sistemas de saúde”, são os temas a serem abordados.
Participam no XIII Congresso Mundial de Farmacêuticos de Língua Portuguesa, que se realiza num ano em que a AFPLP comemora o seu 25º aniversário, cerca de 150 farmacêuticos de Cabo Verde, Angola, Brasil, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.
Esta é a terceira vez que Cabo Verde acolhe o congresso da AFPLP, tendo sido anfitrião em 1999 e 2008.