A instituição anunciou hoje tratar-se de um projecto do Governo de Cabo Verde orçado em 36 milhões de dólares (30,4 milhões de euros) em que o BADEA garante 46% dessa verba através de um empréstimo concessional, cujo acordo foi assinado esta semana.
Em nota consultada hoje pela Lusa, o BADEA explica que este projecto vai contribuir para Cabo Verde atingir as metas dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, até 2030, de erradicação da fome e da pobreza, e será ainda financiado pelo Fundo de Desenvolvimento da Arábia Saudita e o Governo de Cabo Verde.
“De se notar que, aquando da sua graduação para país de rendimento médio, Cabo Verde deixou de ter acesso a alguns créditos com condições concessionais, como por exemplo, do BADEA. Entretanto, devido às grandes negociações entre o actual Governo de Cabo Verde e o BADEA, foi solicitada uma actualização das condições de crédito. A solicitação teve uma resposta positiva, dando importância à dinâmica que o país tem tido na gestão da dívida pública e também num novo contexto em que vivemos”, justifica o vice-primeiro ministro e ministro das finanças, Olavo Correia, em post ontem publicado na sua página de Facebook.
O projecto permitirá a dinamização e valorização das bacias hidrográficas da Ribeira São João Baptista (Santiago), Ribeira Grande (Santo Antão) e Ribeira Calhau (Boa Vista).
Segundo o Governo, o BADEA já tinha concedido o financiamento para o projecto de Valorização das Bacias Hidrográficas de Santiago, Santo Antão e Boa Vista, mas como crédito não concecional, “no qual a taxa de juros era mais alta e por um período de graça menor”.
“Desta feita, aprovaram-se novas condições concessionais, as quais Cabo Verde terá uma maturidade de 25 anos, e um período de graça de cinco anos, a uma taxa de juros de 1,5%”, explica ainda.