Fogo: Serviços de neonatologia e cuidados intensivos do hospital regional fora de funcionamento por falta de pessoal – deputados do PAICV

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,17 jun 2023 11:32

​Os serviços de neonatologia e de cuidados intensivos do Hospital regional São Francisco de Assis, na ilha do Fogo, não funcionam desde 2016 por falta de enfermeiros e pessoal operacional.

A constatação é dos deputados do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição) para círculo eleitoral do Fogo, Eva Ortet, Luís Pires e Clara Andrade, que, sexta-feira, em conferência de imprensa, afirmaram que os dois serviços estão bem equipados e que só não funcionam por falta de pessoal.

A deputada Eva Ortet disse que o serviço de neonatologia nunca funcionou apesar de possuir equipamentos melhores que o Hospital Dr. Agostinho Neto, na cidade da Praia, para onde são encaminhadas as crianças que nascem prematuramente.

“Em 2016 deixamos um hospital regional muito bem equipado, com infraestruturas e equipamentos de alto nível e o governo deveria assegurar o pessoal para este hospital”, referiu a deputada, sublinhando que a ilha e a região estão a registar uma regressão no sector da saúde.

Durante a visita àquele estabelecimento que entrou em funcionamento em 2015 para servir cerca de 45 mil pessoas, os deputados consideram que “há retrocessos em matéria de funcionamento com perdas de qualidade no atendimento”.

Clara Andrade referiu que quer a directora como o director clínico e o enfermeiro chefe reconhecem que a ilha tem uma das melhores e bem equipadas instalações hospitalares, mas está a ficar para trás em matéria de recursos humanos.

O número de médicos nas urgências diminuiu de seis para três, o de enfermeiros de 34 para 27, parte do pessoal operacional despedido não foi readmitido, disse, lamentando que o hospital está, neste momento sem ambulância, que há um déficit de consultas com aumento de listas de espera e dificuldades dos pacientes em pagar consultas de especialidade quer na ilha como fora dela.

“Há graves retrocessos, descaso por parte do governo e da ministra da Saúde que desde a tomada de posse ainda não se dignou a visitar a região”, afirmou Clara Andrade, acrescentando que nos últimos anos o hospital perdeu um cirurgião, uma radiologista e uma pediatra.

No município de Santa Catarina havia dois médicos e agora há apenas um e seis enfermeiros e agora apenas três e há informação de que a partir da próxima semana, o médico residente estará de férias e o centro de saúde funcionará em regime de chamada porque não há substituto.

“A saúde na ilha está de rastos. Desde sempre o hospital foi equipado e com profissionais e em vez de manter o número temos a redução e já era tempo de providenciar profissionais para fazer funcionar os dois serviços no hospital regional”, referiu a deputada Eva Ortet.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,17 jun 2023 11:32

Editado porSara Almeida  em  18 jun 2023 9:17

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