Em declarações aos meios de comunicação social, Sergio Corrá explicou que estava na Procuradoria para entregar a queixa-crime em representação dos 19 empresários que, alegadamente, estão prejudicados devido às obras do largo da Praça Santa Isabel.
No mês de Agosto vai se completar três anos da demolição da obra, cujo projecto foi apresentado em Março de 2017, e a sua conclusão deveria ser concebida após dez meses.
Segundo analisou Sérgio Corrá, a obra do projecto neste momento está a 25 por cento (%) da sua execução, e faltam mais de 250 mil contos para o financiamento para conclusão dos trabalhos.
“Não se sabe quem tem este dinheiro, sendo que a Câmara Municipal da Boa Vista não tem, a Sociedade de Desenvolvimento da Boa Vista e do Maio (SDBVM) também não e o Governo parece que não quer mexer nesta obra e a cidade de Sal Rei está praticamente abandonada”, referiu.
Sergio Corrá precisou que eram no total 19 pessoas e cinco actividades económicas que tinham empresa na praça que foi demolida e que estavam a pagar à câmara mais de 200 mil escudos por mês de arrendamento, além dos impostos, e sem qualquer retorno financeiro.
Segundo o eleito do PP, são mais de 30 documentos entregues à Procuradoria que explicam o histórico, desde o primeiro projecto da obra que foi apresentado para a requalificação em 2014 até este ano em que a obra ainda não está concluída.
Sergio Corrá lembrou que quando foi demolida a praça em Março de 2020, foi prometida a sua conclusão em dois meses, depois a obra parou, e se voltou a fazer outra promessa em dez meses a partir de Dezembro de 2021, e neste momento ninguém está a trabalhar na Praça.
“No projecto da praça, somente uma pequena parte foi realizada, a parte mais complicada e mais custosa está ainda por fazer e este é um projeto irrealizável para esta ilha. Foi elaborado nas ilhas Canárias onde há uma dinâmica para este tipo de obras e na Boa Vista não temos a possibilidade de realizar”, pontuou, sublinhando que, isto era bem claro já na fase de apresentação.