“Desde do mês de Maio começamos a preparar a época de chuvas, pelo que começamos com uma campanha de pulverização intra-domiciliar, tendo passado pelas zonas prioritárias, as onde encontramos mais focos e mais problemáticas com o mosquito”, informou, avançando que a equipa está no terreno a reforçar a pulverização.
Ulardina Furtado, que falava à Inforpress sobre a situação do concelho da Praia quanto às primeiras chuvas e pulverização intra-domiciliar, ressaltou que, neste momento, a equipa da Delegacia de Saúde da Praia está a trabalhar nas zonas de Coqueiro, Paiol e Vila Nova.
Informou ainda que as zonas de Achada Santo António, Fonton, Tira Chapéu, Várzea, Taiti e Achadinha são as consideradas prioritárias, tendo já sido feito pulverizações antes das chuvas, mas que com a queda das primeiras chuvas será necessário reforçar a pulverização devido ao aumento de mosquitos.
“Neste momento já aumentamos o número de equipas e estamos a organizar para intervir nas zonas onde há maior problemas e focos de mosquitos”, disse, apelando a população praiense a abrir a porta das suas casas para que a equipa da delegacia possa fazer o seu trabalho.
Isso porque, sublinhou, no intra-domiciliar existem muitos viveiros que se desenvolvem nos vasos das plantas, copo de águas esquecidas, bidões e outros que dão espaço à criação de larvas que desenvolve depois para o mosquito vector.
Segundo a delegada de Saúde da Praia, “são as pequenas coisas que exigem de nós cuidados para que não se transforme depois em viveiros de mosquitos vectores”.
“Temos tido muita dificuldade de entrar nas casas de pessoas após a pandemia de covid-19, pelo que o nosso apelo é que deixam os nossos agentes fazerem o seu trabalho para podermos dar combate aos possíveis viveiros de mosquito”, asseverou.
Quanto ao paludismo, avisou que o concelho, neste momento, está propício à aparição de casos devido aos voos diários para os países endémicos.
Neste âmbito, afirmou que quem deve ter precaução deve ser o concelho, sobretudo o País, para que não venhamos a ter casos locais.
Para que isso não aconteça espera contar com a participação da população, no sentido de estarem atentos aos locais que possam transformar-se em viveiros, e dar combate às larvas.
O concelho da Praia, segundo disse, está estável nesta época em que se começa a ter aumento de casos de diarreia, gastroenterites, doenças de pele, infecções respiratórias agudas, entre outros.
Face à nova variante da covid-19, com o aumento do número de casos a nível internacional, apelou à população praiense a cumprir com as recomendações de uso de máscaras em locais com muita aglomeração de pessoas, uso de álcool gel, pessoas com gripe que fiquem em casa para não contaminar colegas de trabalho.
“Testes continuam a ser realizados e estão disponíveis a nível de todas as estruturas do País. As pessoas devem continuar a vacinação para completar o calendário exigido”, frisou.
O concelho da Praia, acompanhado a movimentação do arquipélago, mantém zero casos de paludismo locais, o que contribui para a certificação de eliminação de paludismo no País.