Cabo Verde com dois projectos para transição de sectores mais adaptáveis às mudanças climáticas financiados pelo Fundo Global

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,7 dez 2023 14:27

Cabo Verde vai contar em 2024 com financiamento de dois projectos do Fundo Global para Meio Ambiente, em cerca de 14 milhões de dólares, que visam apoiar o país na sua caminhada de adaptação às mudanças climáticas.

A informação foi avançada à imprensa pela representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza, no âmbito do ateliê técnico de formulação dos documentos do projeto do ciclo Gef8- Conselho do Fundo Global para o Meio Ambiente realizado hoje com todos os parceiros.

Conforme asseverou, será uma oportunidade para troca e aprendizagem com experiências passadas e actuais, conhecer os investimentos planeados e as prioridades para construir e integrar no documento do projeto em desenvolvimento.

“Estes dois projectos serão financiados pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), entre outros projectos em 14 milhões de dólares, um dos quais mais focado na parte de criação de sistemas agroalimentar sustentável, e o outro mais virado para mudança climática e o impacto na transformação para uma economia verde e azul”, revelou.

Segundo a responsável, o projecto da transição para a economia verde é um fundo novo na nova vertente de financiamento do Fundo Global para o clima e que Cabo Verde vai ser o primeiro país insular a ter esse financiamento.

“Então é um orgulho para o país que conseguiu formular uma proposta de alta qualidade. Primeiro se faz uma proposta de financiamento e com uma nota conceptual se tem um pré financiamento para a formulação do projecto”, explicou, avançando que o arquipélago tem até Abril do próximo ano para apresentar uma proposta final, para, no segundo semestre de 2024, os projectos começarem a ser implementados.

Por seu lado, o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, declarou que Cabo Verde está sempre neste processo de melhorar o acesso aos financiamentos globais para poder assegurar financiamento de projectos, que visam a transição dos sistemas agroalimentares, mas também das economias azul e verde, isto tendo em conta o contexto das mudanças climáticas.

“Aqui estamos a falar de projectos que são basicamente donativos, não são créditos, mas que exigem de facto um bom planeamento e é o que nós vamos fazer aqui hoje”, disse, afirmando que estes projectos já têm aval de financiamento em cerca de 14 milhões de dólares, mas que irão ser alavancados com mais recursos no valor de 42 milhões de dólares, dependendo do bom planeamento.

Daí justificar o objectivo do encontro como forma de juntar as partes, ou seja, as instituições públicas que têm a ver com estas problemáticas, assim como algumas organizações da sociedade civil, das comunidades em particular, que irão trabalhar em conjunto no planeamento e execução dos mesmos.

“O que eu quero aqui frisar muito importante é que não se trata de um projecto de obras, vão ser projectos que ajudam também na alteração da nossa forma de trabalhar tendo em consideração a transição que nós temos que fazer”, afirmou.

Para o governante, adaptar o sector agroalimentar às mudanças climáticas é uma “grande empreitada” que vai resultar em actividades muito concretas, relacionadas com o ordenamento das actividades agrícolas, implementação de uma agricultura que seja também ela mesma promotora de um conjunto de serviços ambientais, que levem a que todos o sector em si sejam mais resilientes e adaptáveis às mudanças climáticas.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,7 dez 2023 14:27

Editado porAndre Amaral  em  8 dez 2023 14:15

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