Victor Costa fez esta afirmação numa conferência de imprensa realizada esta sexta-feira, 08, sobre o balanço da expedição médica da Fundação Clarós, que contou com a presença do responsável da missão, Pedro Clarós.
Segundo disse, o Hospital Universitário Agostinho Neto tem recebido a missão médica da Fundação Clarós desde 2015, e praticamente todos os anos recebem esta missão, com exceção da época de COVID-19.
“Essas missões trazem resultados muito bons, para o nosso hospital, em termos de formação e capacitação dos nossos técnicos, como também tem respondido localmente as necessidades dos nossos utentes”, destaca.
A missão, conforme indicou, integra cinco profissionais, entre cirurgiões na área de oftalmologia, otorrinos e outros que acompanham os técnicos na colocação e revisão de próteses.
“O objectivo da missão não é só assistencial, mas também tem caráter formativo, porque conjuntamente com os nossos técnicos estão a realizar cirurgias complexas no ouvido e Maxilo-facial”, indica.
Para Victor Costa, com essa experiência de tratamento está a ser uma poupança para o Estado e para os utentes, que muitas vezes têm que se deslocar para fora do país. “De uma forma geral, fizeram não só intervenções cirúrgicas, como também realizaram consultas. Podemos citar um total de 50 e tal consultas realizadas durante esta semana e 23 cirurgias de mais variadas complexidades, em relação aos exames auditivos também o número foi bastante significativo”.
O director clínico do HUAN revelou que os utentes atendidos pela missão não são apenas da ilha de Santiago, mas sim de todo Cabo Verde. “Foram contemplados utentes de todas as ilhas. É uma missão que está sediada no Hospital Universitário Agostinho Neto, mas com uma resposta a nível nacional”.
Por seu lado, o responsável da missão, Pedro Clarós disse que desde que começaram os trabalhos humanitários da fundação em Cabo Verde tem reparado uma grande melhoria da sanidade cabo-verdiana. “Nas nossas missões a Cabo Verde temos também oferecido materiais de cirurgias e outros”.
Pedro Clarós afirmou que estão muito satisfeitos com a missão em Cabo Verde. “De todos os países africanos que visitamos, Cabo Verde tem algo muito especial, por estar na primeira linha da sanidade”.
A missão, entre as operações realizou cirurgias de otosclerose para pessoas com dificuldades auditivas, cirurgias reconstrutivas do palato fendido, cirurgias para lábios fendidos, tumores da parótida e reconstrução da pálpebra, situações de perdas auditivas de diferentes graus, entre outras intervenções.
A Fundação Clarós, é uma organização sem fins lucrativos fundada em Barcelona (Espanha) e tem colaborado com o Hospital Universitário Agostinho Neto desde 2015.