Os resultados foram apresentados na tarde deste sábado, na Cidade da Praia, durante uma gala comemorativa e de homenagens para assinalar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado a 10 de Dezembro.
Este ano foram premiadas cinco categorias, designadamente, Organizações Não Governamentais (ONG), artigo científico, reportagem da comunicação social, escola amiga dos direitos humanos e categoria activista social.
Na categoria Organizações Não Governamentais (ONG), o prémio foi atribuído ao Centro Nacional Ortopédico e de Reabilitação Funcional (Cenorf) pelo trabalho que tem vindo a prestar em prol da saúde e reabilitação das pessoas com deficiência motora.
Na categoria Artigo Científico, o vencedor foi Mamado Bari, que concorreu com um artigo sobre a mutilação genital feminina no direito cabo-verdiano.
Na categoria reportagem, para a Comunicação Social, foi distinguida a reportagem “A problemática dos doentes mentais na Cidade da Praia”, da jornalista Elisabete Dias, da Record Cabo Verde.
O prémio escola Amiga dos Direitos Humanos foi atribuído à Escola Técnica João Varela, do Porto Novo, Santo Antão.
Por último, na categoria Activista Social, a vencedora foi Josefina Chantre Fortes, em reconhecimento do “valioso contributo” que tem vindo a prestar na promoção dos direitos das mulheres e meninas.
Em todas as categorias houve ainda distinções com menção honrosa.
A presidente da CNHDC, Eurídice Mascarenhas, que destacou a qualidade dos trabalhos, sublinhou que a edição deste ano revelou quanto a sociedade civil está empenhada e tem-se dedicado de forma voluntária aos direitos humanos e que a mesma merece ser incentivada cada vez mais.
“Foi um momento muito emocionante e dizer que de facto tivemos muitas candidaturas, lamentamos ter um prémio apenas para cada categoria, e vamos trabalhar na mobilização de mais recursos para que nas próximas edições possamos ter pelo menos ter três prémios para cada categoria”, apontou
Na ocasião, disse esperar, com o apoio da comunicação social e a autorização dos autores, para a divulgação dos trabalhos.
A gala contou também com a presença do ministro do Estado, Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Fernando Elísio Freire, que realçou que com a instituição da democracia, Cabo Verde ganhou a capacidade de ser um país referencial em direitos humanos.
O Prémio Nacional Direitos Humanos, que tem uma periodicidade bienal, consiste na atribuição de uma quantia de 250.000 escudos, um diploma e uma escultura denominada “Pomba Crioula”, da autoria do artista plástico cabo-verdiano Leão Lopes, e prevê-se, ainda, a atribuição de menções honrosas.
Foi instituído em 2007 com o objetivo de distinguir instituições e personalidades que, com as suas acções, conduta ou actividade têm contribuído para a promoção, estudo e defesa dos Direitos Humanos e da Cidadania em Cabo Verde.
Trata-se de uma forma de reconhecer e incentivar as boas práticas existentes na sociedade cabo-verdiana a nível de Direitos Humanos e Cidadania.