O governante fez estas declarações à margem da cerimónia de empossamento dos novos membros do conselho de administração da Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS), sublinhando que o surto da doença, na ilha da Boa Vista, foi detectado atempadamente e que foram tomadas medidas imediatas para conter a situação.
“Com o surto em si, imediatamente foram tomadas as medidas para assegurar que se trata da peste suína africana, laboratorial, e de imediato começou-se a sensibilização do trabalho com os criadores”, afirmou.
Gilberto Silva destacou ainda a importância de garantir a deslocalização das pocilgas para locais adequados, frisando que a câmara municipal tem um “papel essencial” nesse processo.
O ministro realçou, por outro lado, que a permanência de pocilgas em áreas inapropriadas e a falta de higiene no maneio dos suínos representam muitos riscos para a saúde pública.
“O que nós estamos a ter hoje é fruto da falta de higiene que nós temos. Quando digo nós, quero dizer, que os criadores têm no maneio e na criação de porcos. Nós podemos ver publicamente na televisão porcos a entrarem na lixeira municipal com toda a falta de higiene”, acentuou.
O ministro enfatizou ainda que a responsabilidade na adopção de boas práticas de criação de animais deve ser colectiva, reforçando que as normas sanitárias devem ser respeitadas em conformidade com a legislação nacional e as posturas municipais.
“Não podemos continuar com a lógica de que a criação de suínos depende apenas da vontade dos criadores. Isto depende do que a lei determina. Todos temos de estar do lado da lei e garantir que a criação de animais ocorre dentro das normas, para que possamos ter um país mais saudável”, reforçou.
Gilberto Silva concluiu defendendo que as autoridades veterinárias continuarão a actuar para garantir que as medidas necessárias sejam aplicadas, visando proteger a saúde pública e melhorar as condições sanitárias no sector da criação de suínos em Cabo Verde.