homepage
A afirmação foi feita na sexta-feira, 18, pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, ao presidir ao acto de assinatura do contrato da empreitada de requalificação do troço que liga a Sé Catedral ao Complexo da Misericórdia.
O documento foi assinado pelo representante da MF Group Construções e Serviços, Arnaldino Tavares, e pelo representante da Unidade de Gestão de Projetos Especiais (UGPE), Nuno Gomes.
Segundo o chefe do Governo, este projecto visa posicionar a Cidade Velha como um destino turístico de referência, com base na sua identidade histórica e cultural, reconhecida como património da humanidade.
“O que foi apresentado aqui é apenas uma componente de oito outros componentes importantes para essa transformação. E queremos Cidade Velha como destino turístico diferenciado, que crie emprego e rendimento para as populações”, afirmou.
“Nós estamos a cumprir, e é de facto a constatação de que nunca se investiu tanto em Ribeira Grande de Santiago e em Cidade Velha”, acrescentou, referindo-se a obras já realizadas, em curso e previstas.
Ou seja, concluiu, até 2027, o Governo pretende consolidar a centralidade da Cidade Velha no desenvolvimento da ilha de Santiago e de todo o país.
Por seu lado, a presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), Ana Samira Baessa, explicou à imprensa que a Cidade Velha está a entrar numa nova fase de desenvolvimento, com uma abordagem integrada e participativa, que concilia a valorização do património com o bem-estar da comunidade local.
Segundo a responsável, esta intervenção marca uma mudança de paradigma na forma como se gere e se preserva o património da Cidade Velha, classificada como Património Mundial desde 2009.
“É a primeira vez que temos um planeamento estratégico mais amplo, com um plano detalhado de salvaguarda e um plano de gestão que projetam o desenvolvimento do sítio num horizonte de curto, médio e longo prazo”, realçou.
Com um investimento total superior a 300 mil contos, esta primeira fase, de acordo com uma nota governamental, destina 50 mil contos à requalificação do troço entre dois dos edifícios religiosos mais emblemáticos da história nacional, a Sé Catedral e o Complexo da Misericórdia.
O projecto é financiado pelo Governo, através do Banco Mundial, do Fundo do Turismo, do Programa Operacional do Turismo (POT) e do Projecto Turismo Resiliente e Economia Azul, e integra também a criação de novas infraestruturas, como um parque infantil, restaurante e um espaço de interpretação mediante as orientações do Plano de Gestão e do Plano Detalhado de Salvaguarda aprovados em 2024.
