Projecto de monitorização do Gongon ameaçado por falta de financiamento

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,19 out 2025 11:47

​A falta de financiamento ameaça a continuidade das ações de monitorização e conservação da ave Gongon (Pterodroma feae), uma das aves marinhas mais ameaçadas de Cabo Verde e que corre um risco crescente de extinção.

A informação foi revelada à Inforpress pelo especialista e professor da Universidade de Barcelona (Espanha), Jacob González-Solís, que há cerca de duas décadas colabora com a Associação Projecto Vitó e outras organizações não governamentais no estudo e proteção desta ave endémica.

“O Gongon está em declínio e, se não fizermos nada, talvez em 50 anos esteja extinto”, alertou Jacob González-Solís, sublinhando que, neste momento, os esforços de monitorização estão comprometidos por falta de apoio financeiro.

O Gongon, que se reproduz em zonas montanhosas de ilhas como Fogo, Santiago, São Nicolau e Santo Antão, enfrenta diversas ameaças, segundo a mesma fonte.

Entre elas, referiu, estão os predadores invasores, como gatos e ratos, que atacam ovos e crias; a poluição luminosa, que desorienta as aves jovens durante os primeiros voos em direção ao mar; a captura direta por humanos; e a presença de cães, que também podem predar ou perturbar as aves nos locais de nidificação.

De acordo com o último artigo científico publicado com base em dados de marcação e recaptura na ilha do Fogo, a principal causa do declínio da população é a predação por gatos, o que exige “uma intervenção urgente”.

Jacob González-Solís, que participou na IV Conferência da Década do Oceano, destacou o trabalho das ONG, como a Associação Projecto Vitó, a Lantuna (Santiago) e outras organizações nas ilhas de Santo Antão e São Nicolau, na preservação do Gongon, agora ameaçada pela falta de continuidade financeira.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,19 out 2025 11:47

Editado pormaria Fortes  em  19 out 2025 11:47

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