O cerne de toda a celeuma está numa eventual declaração de apoio de Cabo Verde “incondicional e em qualquer circunstância, a Israel em sede das Nações Unidas”, publicada no Twitter do primeiro-ministro israelita, Netanyahu.
Segundo Rui Semedo, para além das autoridades terem reagido tardiamente sobre esta matéria, o governo, ao invés de mostrar uma posição, decidiu atacar o PAICV. Quanto ao Presidente da República, o maior partido da oposição acusa-o de passar a batata quente ao governo.
Sobre a declaração do ministro dos negócios estrangeiros, negando a existência de qualquer compromisso entre Cabo Verde e Israel, o vice-presidente do PAICV, Rui Semedo, prefere que os outros tirem as conclusões sobre o “desmentido”.
No entanto, não deixa de assinalar alguma “incoerência e contradições” na declaração do ministro dos Negócios Estrangeiros em relação à do governo.
“O desmentido não parece ser feito com convicção. E parece contrariar uma outra declaração do governo que foi feita ontem através do seu comunicado”, frisa Rui Semedo.
“Para o PAICV, a política externa de um país como Cabo Verde não é compatível com decisões ligeiras, avulsas, desarticuladas e com vozes diferentes a dizer coisas diferentes”.