Secretária-executiva diz que populações não conhecem trabalho e utilidade da CPLP

PorExpresso das Ilhas,5 dez 2017 10:23

A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considerou segunda-feira que a população dos Estados-membros não conhece suficientemente o trabalho e a utilidade da organização, uma realidade que contrasta com o que descreveu como crescente prestígio externo.

A secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considerou segunda-feira que a população dos Estados-membros não conhece suficientemente o trabalho e a utilidade da organização, uma realidade que contrasta com o que descreveu como crescente prestígio externo.

 

Intervindo na sessão de abertura da VII Assembleia Parlamentar da CPLP, que decorre até esta terça-feira em Lisboa, Maria do Carmo Silveira destacou que a CPLP, com nove países-membros, tem já dez países como observadores associados e “estão em curso” candidaturas de outros Estados.

Este facto, considerou, “revela uma significativa visibilidade da CPLP, que tem sido percebida como um espaço importante de interlocução”.

No entanto, ressalvou, “se no plano externo a CPLP tem sido percebida de forma tão positiva, ainda não goza do mesmo prestígio no espaço interno”.

A responsável da CPLP comentou que “não raras vezes” surgem “questionamentos sobre a utilidade e relevância da CPLP para os Estados-membros e seus cidadãos”.

“É minha convicção que o trabalho desenvolvido pela CPLP ao longo dos seus 21 anos ainda não é suficientemente conhecido pela população e não há uma percepção uniforme sobre o que é ou não legítimo esperar da nossa actuação conjunta”, sustentou.

Neste quadro, Maria do Carmo Silveira apontou as actividades da Assembleia Parlamentar da CPLP (AP-CPLP) como “particularmente relevantes e mesmo essenciais para o futuro da CPLP”, recordando que os parlamentos “estão mais próximos dos cidadãos” e as suas deliberações “têm impacto directo e muitas vezes imediato nas vidas das populações”.

“Precisamos com urgência de fortalecer e aprofundar a nossa cooperação e diálogo”, advogou, antes de aplaudir a alteração dos estatutos da CPLP, que passou a enquadrar a AP-CPLP como órgão do bloco lusófono.

Na sessão de abertura, interveio o deputado brasileiro Átila Lins, em representação do presidente da AP-CPLP, Rodrigo Maia, também presidente da Câmara de Deputados brasileira, cuja ausência desta reunião justificou com a “premência do momento político”, dado que está em debate no Brasil “matéria de importância crucial para os rumos da economia e da administração pública”.

O chefe da delegação brasileira elogiou o trabalho desenvolvido até agora pela AP-CPLP.

“Temos caminhado resolutamente para a construção de um verdadeiro parlamento da CPLP, com a capacidade de reflectir todas as nuances da actividade parlamentar e influenciar o destino da CPLP. Ainda que o horizonte não esteja plenamente claro, estou certo que nesta assembleia daremos outros passos para a consolidação institucional e o aprofundamento das inter-relações parlamentares”, disse.

Os trabalhos da VII Assembleia Parlamentar prosseguem esta terça-feira em sessão plenário, com representantes dos vários membros a debater o tema do encontro: “O reforço dos laços institucionais entre os parlamentos”.

 

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Autoria:Expresso das Ilhas,5 dez 2017 10:23

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  6 dez 2017 9:37

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