Pedro Lopes fez essa observação, hoje, em declarações à imprensa, após presidir à cerimónia de abertura da conferência subordinada ao tema “Papel das Instituições no Empoderamento das Mulheres nas TIC?”, realizada esta manhã no auditório da Universidade de Cabo Verde.
“Há dados que mostram que precisamos reforçar o papel das mulheres nas TIC e isso sabemos, e por isso, estamos a tratar disso com políticas públicas. Mas, é preciso também, o contributo de outros sectores, pois isto não se constrói sozinho”, diz.
Conforme o secretário de Estado para Inovação e Formação Profissional, o Governo será sempre parceiro neste domínio.
Para a representante da Uni-CV, Astrigilda Silveira, a ideia é sensibilizar as mulheres a investirem nas carreiras no domínio das tecnologias para informação e comunicação, já que se afirmaram como um sector de progresso nas mais diversas áreas.
“As instituições de ensino superior através de parcerias com o governo, entidades públicas e privadas devem ter a capacidade para desenvolver projectos para fomentar o empreendedorismo com recuso a TIC nas áreas de maior importância para as mulheres”, defende.
Em Cabo Verde, segundo a representante da CV Digital, Vivi Nascimento, o número de mulheres que trabalham nas áreas TIC é muito baixo e dados do INE, referentes ao ano de 2016, indicavam que metade da população cabo-verdiana nesse período era mulher (49.9%) sendo que deste número 71.2% usavam telemóvel, 31% usavam computador e 49.8 internet.
A União Internacional de Telecomunicações (UIT) escolhe a última quinta-feira do mês de Abril, para dedicar às mulheres nas TIC, como forma de encorajar as meninas dos diferentes Estados membros daquela organização, a reflectir e a abraçar carreiras no sector das novas tecnologia de informação e comunicação.