"Nós estamos a analisar, é algo que acho que tem condições para avançar e em momento próprio estaremos a tomar a melhor decisão, trata-se de algo que tem de ser depois concretizado em lei de parlamento, mas estamos a analisar, a apreciar", afirmou Correia e Silva, durante uma visita à maternidade do Hospital Agostinho Neto, na cidade da Praia.
Há um ano, a Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC) recomendou ao Governo a alteração da lei que institui a licença de maternidade e criação da licença de paternidade.
A CNDHC recomendou o alargamento da licença de maternidade de dois para quatro meses e a instituição da licença de paternidade de 15 dias em Cabo Verde.
O ordenamento jurídico nacional prevê uma licença de maternidade de dois meses, enquanto em relação à paternidade prevê-se dois dias de faltas justificadas por ocasião do nascimento do filho.
A nova lei de base do emprego público, que está a ser socializada no país, prevê o aumento de licença de parto de 60 para 90 dias, para a mãe, e o pai passa a ter direito a 10 dias úteis.
A visita do primeiro-ministro à maternidade do Hospital Agostinho Neto aconteceu precisamente no Dia Internacional da Mulher, com Ulisses Correia e Silva a constatar que o país tem estado a "evoluir positivamente" em relação à igualdade e equidade de género e à violência baseada no género, com mais denúncias e mais punições.
"Isso é um bom sinal para que não haja impunidade relativamente à violência baseada no género", salientou, prometendo empoderar ainda mais as mulheres a nível económico e da boa integração e inclusão social.