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Francisco Carvalho fez essas declarações na cerimónia de abertura do 18.º Congresso Nacional, perante delegados vindos das diferentes ilhas do país e da diáspora, na presença de Pedro Pires, antigo Presidente da República e ex-presidente do PAICV, e outras individualidades.
Com espírito de missão, conforme disse, Francisco Carvalho, que agora toma a liderança do PAICV, reiterou que ambiciona construir um país que seja “verdadeiramente livre”, ponderando, entretanto, que “liberdade sem autonomia é incompleta”.
“Liberdade sem desenvolvimento é frágil, liberdade sem modernidade é passado. Infelizmente, o partido que hoje governa Cabo Verde, o MpD, parou no tempo. Teve méritos, fez conquistas, mas deixou de escutar o povo. Deixou de inovar, de liderar. E, com isso, deixou Cabo Verde para trás”, criticou.
Sublinhou que o PAICV fez diferente, isto é, foi às ruas, escutou sua base, ouviu os jovens, mulheres, trabalhadores, ilhéus e “os esquecidos”.
Aludindo que o povo quer renovação, mudança, quer futuro, o também presidente da Câmara Municipal da Praia, disse que foi essa confiança que lhe reconduziu à liderança da capital, e é essa mesma força que o fez também presidente do partido.
“E digo com toda responsabilidade, estamos prontos, o PAICV está de pé, renovado, moderno e unido. Mas este projecto não é só do PAICV (…) é de Cabo Verde. É de todos os que acreditam num país mais justo, mais sustentável, mais presente no mundo. Por isso, o nosso lema: PAICV para todos. Cabo Verde para todos. Praia para todos. Agora é hora de dizer e de fazer Cabo Verde para todos ", desejou.
Francisco Carvalho concluiu o seu curto discurso pedindo união entre militantes, simpatizantes, independentes, jovens e veteranos.
“Todos, unamo-nos. Quem quer ver este país avançar, tem lugar aqui, este é o momento, esta é a hora. Vamos juntos, com Cabral na memória e o futuro nas nossas mãos, fazer história de novo”, finalizou.
Hoje, segundo dia dos trabalhos, será dedicado à apresentação do relatório de actividades do Conselho Nacional durante estes três anos de mandato, abordando as realizações e desafios que se colocam ao partido.
Segue-se um outro momento que é o da apresentação da moção de estratégia do novo presidente do partido, com propostas concretas para as próximas eleições de 2026, já numa perspectiva da governação do partido.
O Congresso do PAICV, o primeiro após o processo autárquico de 2025, acontece às vésperas da celebração dos 50 anos da Independência de Cabo Verde.
Este considerado “importante momento político” do PAICV, reunindo 512 delegados, decorre no Centro de Convenções da Uni-CV, no Palmarejo, durante três dias, devendo terminar domingo, 29.
