Associação dos taxistas e proprietários de táxi da Praia lamenta não aprovação do projecto “Rádio Táxi”

PorExpresso das Ilhas,3 jun 2022 14:07

​A Associação dos taxistas e proprietários de táxi da Praia lamentou hoje a não aprovação do projecto “Rádio Táxi” e a não aprovação de concurso de licença de táxi para os profissionais com mais de 20 anos de serviço, o que consideram um jogo de poder que só prejudica a classe dos taxistas.

Em conferência de imprensa, hoje, na Cidade da Praia, o presidente dos proprietários de táxi, Carlos Semedo, lamentou a não aprovação de dois instrumentos, saída na última reunião ordinária da Câmara Municipal da Praia (CMP), pelos vereadores do Movimento Para Democracia (MpD), que considera ser de “grande importância para a classe dos taxistas”.

“Para o nosso espanto, vimos na página da CMP, nas redes sociais, que a nossa proposta para o financiamento da Rádio Táxi, não foi aprovada. Facto que lamentamos muito, pensamos que deve haver um consenso neste sentido. Quem sai a perder neste caso não é o presidente da CMP e nem os vereadores da CMP. Isso prejudica não só a classe dos taxistas, mas a nossa cidade e Cabo Verde em geral. Pedimos para uma reflexão no sentido de resolver essa questão. Precisamos de mais segurança para a nossa classe”, precisou.

O presidente dos proprietários de táxi disse que ultimamente têm acontecido muitos assaltos, e a plataforma de rádio taxi ofereceria um conjunto de requisitos benéficos para o sector.

“Portanto apelamos aos profissionais competentes da CMP para trabalhar num consenso e chegar ao melhor caminho possível para uma solução.O que nós queremos é mais segurança. A segurança,  justiça, saúde e mobilidade são os quatros pilares essenciais no mundo. A classe dos taxistas se enquadra no pilar da mobilidade, então solicitamos por segurança. É um dos factores fundamentais para podermos efectuar os nossos serviços”, explicou.

Segundo esse representante, para se ter uma ideia, o sector de táxi faz uma contribuição ao Estado a volta de 20 mil contos por ano, para a CMP a contribuição ronda os 12 mil contos por ano, com os serviço de licenciamento de taxi.

Neste sentido a associação apela uma resolução para maior protecção dos taxistas.

Carlos Semedo refere ainda a urgente actualização da tarifa de táxi que a muito tem sufocado os profissionais do sector. O representante dos proprietários de táxi sublinha que querem continuar a prestar serviços cada vez melhor, mas para isso precisam do apoio das entidades que fazem parte do sector.

“Uma outra questão é a tarifação no serviço de táxi. Estamos sufocados com o aumento praticamente mensal dos preços dos combustíveis, e é preciso um ajuste nas tarifas de táxi. Estamos cientes que o país está a atravessar uma fase difícil, mas precisamos de um equilíbrio na tarifação para podermos ter sustentabilidade no nosso trabalho”, disse.

Por sua vez, o representante dos taxistas da Praia, Adriano Monteiro, considera que a questão da licença para os profissionais com mais de 20 anos de serviço, deve ser vista com “coração”, já que são profissionais que muito têm contribuído para a sociedade.

“É lamentável ver taxistas que trabalharam muitos anos e não tiveram acesso ao INPS, e hoje se encontram numa situação complicada. Por isso lamentamos a não aprovação do concurso de licença de táxi. Esperamos que os vereadores cheguem a um consenso, trabalhem com coração para ajudar os taxistas, o município e a própria população”, apelou.

O aplicativo “Rádio táxi”, como conta o representante dos taxistas, seria vantajoso, por conter um botão de emergência, seria uma arma perante as situações de assalto que tem aumentado cada vez mais.

Segundo Adriano Monteiro, a última actualização feita na tarifa de táxi, foi em 2001. Em 2011 foi feita uma actualização mas o mesmo não foi adoptado pelo sector.

O presidente da associação dos taxistas propôs uma actualização da tarifa mínima que é de 100 escudos para 150 escudos, o que seria uma solução provisória até as autoridades competentes resolverem a questão.

“Temos que trabalhar com equilíbrio, com a subida do preço, o valor mínimo cobrado actualmente não compensa. É só uma proposta, ainda não tem nada acordado, mas penso que já é hora para se fazer essa actualização”, destacou.

Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Expresso das Ilhas,3 jun 2022 14:07

Editado porAndre Amaral  em  3 jun 2022 18:26

pub.

pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.