Rafa Márquez somou 17 minutos na surpreendente vitória do México frente à Alemanha (1-0), mas só agora se conhecem os pormenores menos bons que marcam a vida do experiente jogador mexicano.
De acordo com o jornal As citado pelo desportivo português o Jogo, Márquez foi sancionado pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos pela sua alegada relação com Raúl Flores Hernández, traficante de droga, que se referiu ao defesa central mexicano como sendo "sócio testa de ferro de Hernández e da sua organização de tráfico de droga, com activos encontrados na sua propriedade que pertenciam ao traficante".
O futebolista negou qualquer relação com Hernández, mas mesmo assim isso não o impediu de ser colocado na lista negra dos Estados Unidos e teve de abdicar de muitas regalias para estar presente na Rússia.
Quem assiste aos treinos do México pode ver que o central treina com uma camisola lisa sem o patrocínio da Coca Cola, marca norte-americana. Isto deve-se, segundo o New York Times, ao facto de Márquez estar, como referido, na lista negra daquele país, o que proíbe qualquer contacto ou vínculo com indivíduos, marcas ou bancos dos Estados Unidos. Aliás, Márquez não pode sequer beber da mesmas garrafas de água dos colegas, já que a marca utilizada pela seleção mexicana, Powerade, pertence à Coca Cola.
E mais: é quase impossível que Márquez seja eleito homem do jogo. O patrocínio dessa eleição pertence à Budweiser, marca norte-americana de cerveja, e uma fotografia de Márquez com essa marca seria considerada uma "ofensa". Depois da vitória frente à Alemanha, o jogador não pode sequer dar entrevistas, uma vez que seria visto junto de um painel repleto de marcas norte-americanas como Visa, Coca Cola, Budweiser, McDonald's...