Transparência Internacional quer criar rede lusófona

PorExpresso das Ilhas, Lusa,19 set 2019 7:57

​A Transparência Internacional Portugal está a trabalhar na criação de uma rede de estruturas e parceiros para promover a transparência e a boa governação nos países lusófonos, disse quarta-feira, em Lisboa, a organização.

“Estamos a tentar montar uma rede em prol da boa governança e do desenvolvimento sustentável na lusofonia”, disse à agência Lusa Karina Carvalho, directora executiva da Transparência e Integridade (TIP), representação portuguesa da Transparência Internacional.

Karina Carvalho falava, em Lisboa, à margem da conferência “Clean Aid”, promovida por esta organização para debater o papel das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) na prevenção da corrupção na ajuda humanitária.

“Em 2017, fizemos um primeiro encontro de uma rede que é ainda muito informal – Rede pela Boa Governança e Desenvolvimento Sustentável (Rede Gov)- e o que estamos a fazer é colocar activistas, académicos e organizações da sociedade civil a falar”, explicou.

De acordo com Karina Carvalho, a ideia é “identificar organizações parceiras”, sendo que, por agora, são já capítulos da Transparência Internacional, os centros de Integridade Pública de Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Além destas organizações, a TIP está a trabalhar com “um conjunto de activistas” e a ideia é, segundo a responsável, envolver todos os países lusófonos.

“O nosso principal objectivo é fazer ‘relatórios sombra’ sobre [o nível de cumprimento] do Objectivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 [Paz, Justiça e Instituições Eficazes] para cada um dos países da lusofonia e um global”, disse.

Karina Carvalho adiantou que estão já concluídos os relatórios de Portugal, Brasil e São Tomé e Príncipe, devendo ainda este ano ficar fechado o de Angola.

O ODS 16 prevê, entre outras metas a alcançar até 2030, a igualdade de acesso à justiça, a redução significativa dos fluxos financeiros ilegais, da corrupção e do suborno, bem como a promoção de instituições eficazes, responsáveis e transparentes.

A conferência “Clean Aid” marcou o arranque em Portugal do programa para a prevenção da corrupção em operações de ajuda humanitária da Transparência Internacional, que inclui a tradução para português de um conjunto de guias de boas práticas e recomendações com o objectivo de preparar as ONGD para lidar com questões de corrupção no seu quotidiano.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,19 set 2019 7:57

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  7 jun 2020 23:21

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