Segundo uma nota enviada pelo MCIC, a decisão de disponibilizar este montante aos grupos de Carnaval, surge do impacto negativo da pandemia da COVID-19 após, mais uma vez, o Governo optar pelo cancelamento das actividades relacionadas com o Carnaval a nível nacional no ano de 2022, através da Resolução nº 8/2022 que prorroga a situação de contingência em todo o país, com base na evolução da situação epidemiológica, reforçada pela Resolução nº 15/2022.
“Neste sentido, e após dois anos de cancelamento, ciente do papel relevante do Carnaval na dinamização cultural, social e económica das ilhas de São Vicente e São Nicolau e, também, no sector turístico em Cabo Verde, o governo, através do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas e em concertação com os dirigentes dos grupos de Carnaval destas duas ilhas, decidiu manter o montante de 10 milhões de escudos, inscritos no Orçamento do Estado para o ano económico de 2022 (OE’22), para apoiar o Carnaval”, lê-se na nota.
Conforme a mesma fonte, o montante será canalizado para acções formativas, workshops, entre vários aspectos relacionados com a organização do Carnaval e no empoderamento dos grupos a nível de captação de recursos materiais.
Estão igualmente contemplados na transferência desta primeira tranche os grupos de Carnaval enquadrados no edital Carnaval Factory (São Vicente e São Nicolau), realizado entre 2016 e 2019, com interregno em 2020 e 2021, devido à pandemia da COVID-19.
O MCIC indicou que vai atribuir um montante de 1250 contos, através da Liga Independente dos grupos oficiais de Carnaval de São Vicente (LiGOC-SV) e de 750 mil escudos aos três grupos de Carnaval de Ribeira Brava de São Nicolau (Copa Cabana, Brilho da Zona e Estrela Azul), sendo que cada um receberá o montante 250 mil escudos.
De sublinhar que desde do surgimento do vírus da SARS-Cov-2, que implicou o cancelamento de todas as actividades culturais que pressupõem aglomeração e, consequentemente, o risco de uma alta taxa de transmissibilidade a nível comunitário, os grupos de Carnaval foram obrigados a suspender todo o investimento realizado para a festa do “Rei Momo”.