Alpha Blondy chegou pela primeira vez ao Festival da Baía das Gatas, e, no seu jeito sereno e com o seu reggae de intervenção, cativou bem cedo os milhares de pessoas que enchiam o espaço.
Pode dizer-se, até, que público e Alpha Blondy, dono de um reggae com forte componente política, entenderam-se às mil-maravilhas durante mais de hora e meia de concerto, reveladoras da boa forma do artista, que na despedida disse a única palavra em português, “obrigadô”, durante todo o tempo que permaneceu na baía, seguido da expressão inglês “God bless” (Deus vos abençoe, em português).
O reggae tem o seu público na ilha de São Vicente, o festival já o provou várias vezes e, na madrugada de hoje, a Baía das Gatas, fazendo jus aos prognósticos, terá registado uma das maiores enchentes de sempre.
O cantor oriundo da Costa do Marfim percorreu ao longo do concerto algumas das canções que o celebrizaram, entre elas Apartheid is Nazism”, “Jah Rasta”, “Jerusalem”, “Sweet Fanta Diallo” e “Yitzhak Rabin” e, no fim, rendido à vibração dos mindelense, prometeu voltar.
No entanto, bem cedo, os elementos do staff do cantor avisaram que Alpha Blondy não dava entrevistas “nem no início, nem no fim do espectáculo”.
Cabe agora ao grupo santantonense Cordas do Sol encerrar o 29º Festival Internacional de Música das Baía das Gatas.