Jorge Carlos Fonseca advogou essa ideia no discurso presidencial que marcou o Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, que se assinala anualmente a 18 de Outubro, para celebrar o nascimento do escritor, jornalista e poeta Eugénio Tavares (1867 -1930).
Para o chefe de Estado, a cultura tem que ser um elo de união de todos os cabo-verdianos, uma vez que, conforme disse, atesta a identificação de todos os cabo-verdianos, tanto os residentes como os da diáspora.
Essa identificação, segundo o Presidente da República, se verifica a nível musical, a nível de escritores, bem como nos sectores mais tradicionais da culturalidade cabo-verdiana.
A nível musical, Jorge Carlos Fonseca apontou os nomes de Manuel de Novas, Bana, Orlando Pantera, entre outros, como os promotores da música cabo-verdiana além fronteira.
O chefe do Estado disse ainda que tem que se levar em consideração o que a Associação Mindelact tem feito a nível das artes cénicas, considerando que o país tem estado a evoluir neste sector.
Por sua vez, o ministro da Cultura, Mário Lúcio Sousa, considerou que Cabo Verde tem que passar a ver as actividades culturais como um sector de desenvolvimento do país dado a sua transversalidade.
Para isso, apelou à criação de recursos e de oportunidades para que a actividade cultural seja uma porta de entrada para a criação de investimentos em todos os níveis de actividade.
Eugénio de Paula Tavares, o patrono destas festividades do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades, nasceu na Ilha Brava, a 18 de Outubro de 1867. Foi jornalista, escritor e poeta, sendo que os seus escritos são cantadas nas mornas destacando “Força de Kretcheu”, interpretada pela cantora cabo-verdiana Gardénia Benrós.