“Queremos organizar tertúlias no Palácio da Cultura, projecções (cinema de rua) nos bairros conhecidos pelas suas tabankas e, se formos selecionados, participar no festival internacional de cinema do Sal”, explica Samira Vera-Cruz, a realizadora do filme, inspirado no clássico italiano "Ladrões de Bicicleta" e que "conta a história de um pai e do seu filho, com a tabanka como pano de fundo".
Portugal e Angola também estão nos planos futuros, assim como outros destinos que possam surgir. A produtora já tem convite da organização do Capeverdian American Film Festival e conta conseguir levar Buska Santu à próxima edição desse evento, em Agosto do próximo ano.
Satisfeita por ter cumprido com o calendário programado, a jovem produtora não se assume, no entanto, 100% satisfeita com o resultado final “porque sou muito perfeccionista”. Mas diz que o que não correu totalmente bem serve “para aprendermos para o próximo filme”. “De resto estou contente com o resultado, a direcção de fotografia está forte, a prestação dos actores é fenomenal... Estou feliz!”
E já há pelo menos mais três filmes previstos: uma longa-metragem, à volta dos tabus relacionados aos problemas mentais, e duas curtas que com Buska Santu completam uma saga com géneros musicais típicos de Cabo Verde como pano de fundo, sendo os próximos a mazurka e a coladeira.
Quanto à equipa técnica e aos actores, mostram-se entusiasmados com o resultado, disponíveis para repetir a colaboração e, sobretudo, ansiosos pela reacção do público.
Depois de uma primeira apresentação privada, para a equipa de produção e elenco, o filme estará hoje em ante-estreia para imprensa e convidados, com um programa que inclui a apresentação de uma curta documental sobre a tabanca e momento musical.
Amanhã, no cinema do Plateau, o programa da estreia arranca às 17h00, com a abertura de uma exposição sobre a tabanka.