Da esquerda para a direita, Germano Almeida, José Manuel Fajardo, Zia Soares,
Guiomar de Grammont, Karla Suarez, Sérgio Rodrigues e Dejan Tiago Stankovic (FLMS).
Numa ponte com a escrita, o brasileiro Sérgio Rodrigues lembrou que “o escritor é necessariamente um estrangeiro”, uma “pessoa não confiável”, “não é de lado nenhum”. A partir de aqui, o autor de Minas Gerais (e de tantos outros lugares, na sua própria visão) pergunta: “mas existe alguma coisa pura?”. “Eu sou eu”, afirma, negando que a identidade esteja simplesmente ligada a um país, porque o seu “eu” é “muitas coisas”. Colunista do Folha de São Paulo, Sérgio prefere acreditar que a identidade é um 'work in progress', trabalho inacabado.
Maior desapego só encontraremos em Dejan Tiago Stankovic, nascido em Belgrado, na ex-Jugoslávia, agora Sérvia, naturalizado português, o primeiro a traduzir Saramago para sérvio. “A identidade e o lugar são importantes se tu achares que é importante”.
FLSM – Dia 4
O FLMS chega hoje ao fim. À tarde discute-se “edição e promoção da literatura contemporânea” e “o escritor no mundo”. Ao final do dia é lançado o livro “Claridosidade: Edição Crítica”, antes da sessão de encerramento, às 20:30. Todas as actividades decorrem no Hotel Belorizonte, em Santa Maria.