Em Novembro no Mindelact
Angel
Kobane é uma cidade síria cercada pelas forças do Estado Islâmico. Perante tanques e metralhadoras, os habitantes têm apenas a sua determinação e velhas espingardas. Contra todas as expectativas, a cidade resiste. No centro da luta, a filha de um fazendeiro, chamada Rehana, antiga estudante de direito, entregue à resistência contra o terror.
Aclamada pela crítica internacional, premiada em sete ocasiões, inclusive no festival de Edimburgo, o maior do mundo, “Angel”, de Henry Naylor, é uma peça irrepetível, uma das mais extraordinárias produções que já passaram pelo palco do Mindelact.
Romeu ma Julieta-Uma Tragédia Crioula
Resultado de uma co-produção entre o próprio festival Mindelact e a SP Escola de Teatro do Brasil, a peça é encenada por Fabiano Muniz e conta com um elenco 100% cabo-verdiano — que vai ser escolhido, através de casting, no mês de Setembro.
A mais famosa tragédia de todos os tempos, que conta o amor impossível entre Romeu e Julieta, devido à mortal rivalidade das respectivas famílias, voltará, assim, aos palcos crioulos, vinte anos depois de uma primeira versão que marcou várias gerações. Desta vez, todo o texto será em cabo-verdiano e em verso, num trabalho de tradução e adaptação realizado pelo dramaturgo cabo-verdiano Emanuel Ribeiro. A música original contará com a colaboração de vários nomes sonantes do panorama hip-hop das ilhas.
IKIRU
Do Japão, um espectáculo surpreendente. Tadashi Endo traz ao palco do Mindelact 2017 uma homenagem a Pina Bausch, que morreu em 2009. Endo e Bausch partilhavam a ambição de trazer ao mundo a sua paixão pela arte e um desejo por mais humanidade. Num espectáculo denso, com intensidade crescente, o artista japonês assume um personagem feminino e centra a atenção nos movimentos do seu corpo, nas suas mãos e num painel metálico que o acompanha e com o qual constrói sons e jogos de cores e sombras.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 819 de 09 de Agosto de 2017