“Felicité”, de Alain Gomis (Senegal) e “The Wound” de John Trengoved (África do Sul) estão entre os nove filmes de língua não Inglesa que integram a lista de pré-selecionados aos Óscares da categoria e que se completa com “In the Fade” de Fatih Akin (Alemanha); “Una Mujer Fantastica”, de Sebastián Lelio (Chile) ; “On Body and Soul”, de Ildikó Enyedi (Hungria); “Foxtrot”, de Samuel Maoz (Israel); “The Insult”, de Ziad Doueiri (Líbia); “Loveless”, de Andrey Zvyagintsev (Rússia) e “The Square”, de Ruben Östlund (Suécia).
Estes 9 semi-finalistas foram extraídos de uma lista de 92 filmes onde figuravam títulos sonantes como “First They Killed My Father”, dirigido por Angelina Jolie e submetido com o Cambodja como país de origem, e o campeão pró causa LGBT “BPM - Beats Per Minute”, de Robin Campillo, vencedor do Grande Prémio na edição deste ano do Festival de Cannes.
Por seu turno, “Felicité” - um drama que conta a história de Felicity, uma cantora na cidade de Kinshasa que vive sozinha com o seu filho de 16 anos de idade e recebe a notícia de que terá de amputar uma de suas pernas - ganhou o Grande Prémio do Júri no Festival de Berlim (Alemanha) e “ The Wound” - que narra a relação proibida entre dois rapazes da etnia Xhosa no decorrer dos seus rituais de iniciação - foi seleccionado ao festival de Sundance (Estados Unidos), um dos mais importantes do cinema independente, e exibido no Festival de Berlim.
A 23 de Janeiro serão anunciados os cinco finalistas, que irão competir pelo prémio de Melhor Filme em Língua Estrangeira a anunciar na cerimónia dos Oscars a ter lugar a 4 de Março, no Dolby Theatre em Holywood.
Na longa história dos Oscars apenas por três vezes filmes africanos saíram vencedores na categoria: “Z”, de Costa Gravas (Algeria) em 1969, “Black and white in Colour”, de Jean-Jacques Anaud (Costa do Marfim) em 1976 e “Totsi”, de Gavin Hood (África do Sul) em 2005. De referir que nos dois primeiros casos os realizadores eram, respectivamente, francês e greco-francês.