Nhonhô Hopffer em homenagens

PorChissana Magalhães,7 jan 2018 15:03

​Com “Santamaria” Nhonhô Hopffer (Frederico Hopffer Almada) regressa à cena musical. Um disco de homenagens em que repete muitas das fórmulas de “Nhara Santiago”, o primeiro álbum. Entre elas a aposta nos ritmos tradicionais e nas parcerias.

Com o primeiro disco “Nhara Santiago”, lançado em 2007, homenageou a filha mais velha (a quem foi buscar o nome para o álbum) e a ilha de Santiago. Onze anos depois chega “Santamaria”, onde presta tributo à filha mais nova, Frederika Santamaria, e à cidade da Praia, onde vive há décadas.

“O primeiro disco trazia a música Nhara Santiago, que me foi oferecida pelo Mário Lúcio, e deu nome ao CD. Então já estava há muito decidido que. quando gravasse o segundo disco, este teria como titulo o nome da minha “kodé”, Frederika Santamaria”, conta o intérprete, que não esconde a satisfação de finalmente fazer sair este trabalho produzido ao longo de vários anos.

Também desta vez foi o amigo, músico e compositor, Mário Lúcio a escrever o tema com o qual presenteou a criança no dia do seu guarda-cabeça (a tradicional festa de “sete”), como aliás já acontecera com a primogénita. Nada mais natural do que chamar o autor para gravar em dueto aquele que é o tema de apresentação do novo disco e, que, juntamente com mais outros dois singles, já toca nas rádios desde finais de Dezembro.

Ainda antes de terminar o ano, o videoclip de “Santamaria”, filmado justamente no Ilhéu de Santamaria, um dos marcos geográficos da Cidade da Praia, já estava disponível no Youtube, partilhado em outras redes sociais e a passar nos canais de TV.

Entretanto, à espera dos apreciadores da música de Nhonhô Hopffer pelos restantes temas que compõem o álbum promete não ser tão longa quanto o intervalo que separa o actual do primeiro disco. “Frederika Santamaria”, o disco, deverá chegar ao mercado em finais de Janeiro ou início de Fevereiro e para além de uma tiragem em formato CD deverá também ser disponibilizado online, em streaming.

Trará no total 13 faixas onde pontuam composições de Ney Fernandes, Pedro Rodrigues, Jorge Tavares Silva, Rui Cruz, Djoy Amado, Sílvio Brito, Codé Di Dona, um poema musicado de Arménio Vieira e outro do irmão José Luís Hopffer Almada. Também entram no reportório duas mornas de Eugénio Tavares.

O novo disco traz, para além das já citadas, uma outra homenagem: à mãe, falecida em 2016. Em dois temas – “Sakedu na Nha Dor” e “Es Dor Dimeu”, o primeiro escrito pelo irmão, o poeta José Luís Hoppfer Almada - Nhonhô canta a dor da sua perda. Aliás, o disco, diz, é também dedicado a todos os familiares que perdeu no espaço de um ano, entre 2016 e 2017.

Das 13 faixas – que são essencialmente mornas, funanás e algumas coladeiras, os géneros que mais aprecia e que já contemplara no primeiro disco – seis são cantados em dueto. Mário Lúcio, Calú Bana, Milú Tavares, Jú Sança, Fidjus di Codé di Dona e Fefi (João Alfredo) são os artistas que se cantam com Nhonhô, a maioria dos quais gravou a sua participação nos estúdios Kay Magic, nos Estados Unidos da América.

Apesar dos quatro anos de “briga” que diz, entre risos, ter travado com Kim Alves para ter o disco terminado, o intérprete está plenamente satisfeito com o resultado final.

“Pude contar com o excelente trabalho de produção musical de Kim Alves e por isso acredito que este disco, assim como disse a Nancy Vieira do primeiro, será também intemporal”.

E por isso mesmo admite a expectativa de ver algum dos temas nomeado aos CVMA.

Arquitecto de profissão, Nhonhô Hopffer assume que a música é um hobbie ao qual se dedica com muito amor e profissionalismo, e por isso é frequente encontrá-lo nas noites musicais e em tocatinas pela cidade. Apesar de admitir não ter tempo, nem fazer questão de grandes espectáculos, não descarta algumas actuações para apresentar o novo trabalho.



Texto originalmente publicado na edição impressa do
Expresso das Ilhas nº 839 de 27 de Dezembro de 2017. 

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Autoria:Chissana Magalhães,7 jan 2018 15:03

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  7 jan 2018 15:04

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