Com dez anos de existência, este evento tem permitido visibilizar novas produções discográficas do mundo inteiro, desde grandes vozes emblemáticas a talentos confirmados mas ainda pouco divulgados. Os encontros culturais e as criações musicais que deles resultam são também celebrados pelo festival que é suportado por uma diversidade de labels.
Um pouco à semelhança do AME, o festival também promove encontros de partilha de competências, o self-marketing e promoção dos artistas e a comunicação transversal.
Nesta 11ª edição, que se iniciou a 29 de Janeiro e prossegue até 14 de Fevereiro, serão 15 noites e 28 concertos, com a participação de artistas de países e culturas tão diversas quanto Guadalupe, Córsega, País Basco, Austrália, Espanha, Tunísia, Benim, Brasil, Portugal e Cabo Verde. Em palco a diversidade de géneros e subgéneros musicais, como o transe blues, o funk rock vintage, chanson vagabond, o canto místico, o pop soul, o folk, a rumba, e também sons que levam Cabo Verde.
As cantoras Lucibela e Sara Tavares estarão a representar Cabo Verde e Cabo Verde e Portugal, respectivamente. A intérprete de mornas e coladeiras, agenciada pela Harmonia Lda, actua a 12 de Fevereiro enquanto Mana Sara apresenta os temas do seu álbum mais recente (“Fitxado”) e outros sucessos seus no dia 13.
Hoje, 31, actuam os 4 vencedores do primeiro Prix des Musiques d'ici - Diaspora "Music Awards", concurso criado por uma parceria que inclui a organização do Festival Au Fil des Voix e que busca descobrir e dar a conhecer talentos das comunidades emigradas ou simplesmente “músicas tocadas aqui [França] mas que nos trazem outros lugares”, escreve o site do festival.
A nível de público, diz a organização que o Au Fil des Voix recebe “uma audiência cada vez maior a cada edição. Ao convidar o público em geral e todos os profissionais da indústria (jornalistas, programadores, etc.) a vir descobrir talentos de todo o mundo, o festival é um evento particularmente rico e diversificado”.